O projeto de lei – PL 19.203/2011, proposto pela deputada Luiza Maia vem causando muita polêmica em Salvador – Bahia, por trazer os pagodes como pressupostos para afirmar a referida lei. O projeto visa proibir o financiamento público de shows de artistas ou grupos musicais que tragam letras de duplo sentido contra a mulher.
Letras como: “... mulher é igual a lata, um chuta o outro cata(...)eu chutei você catou...”, “...me dá me dá patinha...me dá sua cachorrinha...” são deveras ofensivas a nós mulheres.
O referido projeto foi tema de uma reportagem do dia 31/07/2011 no Fantástico, lá foram expostas as opiniões de cantores de pagode e a autora do projeto a deputada Luiza Maia. A deputada explica o projeto: “O meu projeto é apenas para impedir que determinados compositores, determinadas bandas, sejam contratadas com dinheiro público. Bandas que tenham músicas ofensivas às mulheres, que desvalorizem que desrespeitem as mulheres e que incentivem a violência contra a mulher. Não dá para cantar "dá a patinha" como se nós fôssemos animais ou objetos sexuais”.
Em contra-ataque, o vocalista da banda Black Style, Robson Costa, diz: “Esse projeto não tem nada a ver. O que nós fazemos é música com brincadeira, com alegria. Eu acho que o que ofende a dignidade da mulher é a mulher não ser respeitada no dia a dia”.
Letras como estas não influenciariam no tratamento desrespeitoso dispensado às mulheres atualmente? Essas letras que são tão repetidas por crianças e adultos não formam opiniões machistas e agressivas contra a mulher?
As mulheres lutaram tanto por um lugar neste país, onde fossem escutadas e respeitas, não é justo serem agredidas desta forma.
O ritmo do pagode baiano é bem dançante, por que não mudar estas letras, por outras, que valorizem as mulheres em sua beleza, inteligência e outros atributos que nos são peculiares? A própria deputada afirma isso: “Retire a letra e escute o ritmo, todo mundo sai quebrando, inclusive eu, que sou pagodeira e sei também quebrar”.
Na mesma reportagem o programa da rede globo Fantástico, faz uma enquete, com os telespectadores a respeito do tema, o resultado comprova que a população não está nada satisfeita com as letras aqui já expostas, 57% da população aprova o projeto 19.203/2011.
Segue vídeo:
Evanoelle Oliveira Moreira - Acadêmica de Direito, 3º semestre.
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