quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Uma nova roupagem para os inquéritos

Caros blogueiros, venho através deste veiculo narrar um fato que aconteceu em Riacho Fundo 1 DF. Um delegado de nome Reinaldo Lobo resolveu escrever um inquérito em forma de poesia, fato este muito curioso em uma ciência chamada Direito.
A corregedoria da polícia civil não aceitou tal inquérito criativo e pediu para que este fosse refeito, porém não há nenhuma regra que trate da forma de um relatório policial.
Em um dos versos do tão mencionado relatório, o delegado da 29º DP, relata: “Resolvi fazê-lo em poesia, pois carrego no peito a magia de quem ama a fantasia de lutar pela paz contra qualquer covardia”. Vê-se que o delegado traz consigo uma criatividade que falta em muitos, inclusive na pessoa que vos escreve, tentei relatar o caso em poesia mais o que sobra nele falta em mim.
 “Direito é vida e a arte emita a vida”, assim diz o magistrado Lailson Braga Baeta Neves, da 4ª Vara Cível da comarca de Montes Claros, em uma entrevista para o Pensamento jurídico.
Acredito assim como o delegado e o magistrado que o direito carrega em si, não só o dever de fazer justiça, mas também à criatividade das artes, nada mais artístico que relatar um crime em forma de versos. A vida está no direito assim como nas artes, um está contido no outro.

Segue o vídeo da reportagem:





http://www.youtube.com/watch?v=x2QwhsrElPM&feature=related

Evanoelle Oliveira Moreira - Acadêmica de Direito, 3º semestre.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Projeto 19.203/2011 X Pagodeiros


O projeto de lei – PL 19.203/2011, proposto pela deputada Luiza Maia vem causando muita polêmica em Salvador – Bahia, por trazer os pagodes como pressupostos para afirmar a referida lei. O projeto visa proibir o financiamento público de shows de artistas ou grupos musicais que tragam letras de duplo sentido contra a mulher.

Letras como: “... mulher é igual a lata, um chuta o outro cata(...)eu chutei você catou...”, “...me dá me dá patinha...me dá sua cachorrinha...” são deveras ofensivas a nós mulheres.

O referido projeto foi tema de uma reportagem do dia 31/07/2011 no Fantástico, lá foram expostas as opiniões de cantores de pagode e a autora do projeto a deputada Luiza Maia. A deputada explica o projeto: “O meu projeto é apenas para impedir que determinados compositores, determinadas bandas, sejam contratadas com dinheiro público. Bandas que tenham músicas ofensivas às mulheres, que desvalorizem que desrespeitem as mulheres e que incentivem a violência contra a mulher. Não dá para cantar "dá a patinha" como se nós fôssemos animais ou objetos sexuais”.

Em contra-ataque, o vocalista da banda Black Style, Robson Costa, diz: “Esse projeto não tem nada a ver. O que nós fazemos é música com brincadeira, com alegria. Eu acho que o que ofende a dignidade da mulher é a mulher não ser respeitada no dia a dia”.

Letras como estas não influenciariam no tratamento desrespeitoso dispensado às mulheres atualmente? Essas letras que são tão repetidas por crianças e adultos não formam opiniões machistas e agressivas contra a mulher?

As mulheres lutaram tanto por um lugar neste país, onde fossem escutadas e respeitas, não é justo serem agredidas desta forma.
O ritmo do pagode baiano é bem dançante, por que não mudar estas letras, por outras, que valorizem as mulheres em sua beleza, inteligência e outros atributos que nos são peculiares? A própria deputada afirma isso: “Retire a letra e escute o ritmo, todo mundo sai quebrando, inclusive eu, que sou pagodeira e sei também quebrar”.

Na mesma reportagem o programa da rede globo Fantástico, faz uma enquete, com os telespectadores a respeito do tema, o resultado comprova que a população não está nada satisfeita com as letras aqui já expostas, 57% da população aprova o projeto 19.203/2011.

Segue vídeo:




Evanoelle Oliveira Moreira - Acadêmica de Direito, 3º semestre.